Ao poeta ocorrem
muitos temas, mas não necessariamente a maioria se transforma em poemas. Há mesmo
poetas quase que monotemáticos, que perseguem recorrências sem pudor. Não me
encaixo nesses extremos.
Mas, quando em vez, questões metafísicas me assaltam.
As clássicas perguntas sem resposta que talvez encontrem na prosa um terreno
mais propício para suas especulações e indagações.
Ainda assim, o
poeta aqui se permite cometer umas poesices sobre quem somos, de onde viemos,
para onde vamos. A coisa cósmica me atrai e fascina. Adoro programas sobre o
Universo, Astronomia. Deve ser bem coisa de poeta mesmo.
O que existia
antes da Grande Explosão? O Infinito não
tem mesmo fim? E o Universo, onde começa e termina? Deus existe ou é só uma
projeção da nossa imaginação? Somos literalmente filhos das estrelas, ou seja,
feitos da mesma matéria que elas? Isso soa poético, embora seja Ciência.
Há quem
simplesmente ignore essas questões, há quem se angustie e há quem, como eu,
poeme sobre.
Uma das minhas
perguntas sem resposta, se a vida e tudo à nossa volta é real ou apenas um
sonho bem realista, uma alucinação permanente, encontrou acolhida numa teoria
recente da Física Quântica: a Teoria de campo reticulado (teoria de física
contrária à noção de tempo e espaço continuum da qual temos conhecimento) na
qual tudo o que nossos sentidos e nossa consciência dão conta, pode não passar
de projeção e o que os físicos chamam de o mais perfeito videogame já feito.
Daí verti isso
num poema. Não precisamos ser solenes ao poemar sobre temas assim.
Bonito ver que o poeta consegue extrair poesia de tudo quanto é assunto. Esse poema é um Viva a Vida que contagia quem o lê. Parabéns amigo!
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