Elixir
Desde o homem primitivo a
música é como um ser vivo que transforma toca mobiliza faz beleza da realeza à
ralé, música dita erudita cantada só tocada dos sãos e dos loucos popular ou só
pra poucos sopra a trombeta que desfaz muralhas, nove inspiradoras musas, cadências
e semifusas música arrebata e cura anima encoraja encanta a naja acalma a alma
atenua trauma até nua a bailarina dança feito criança que não se cansa ao som da melodia meia-noite
meio-dia, cordas sopro batuque com truque eletrônico ou natural acústica
rústica e requintada cada matiz musical vem de um caudal e juntos fazem
arco-íris de etnias epifanias da criação do que cria e crê no homem de bom
coração
Cantochão
Rendo-me a ti, fluidez
Não me destrói teu poder
Só me dilata o prazer
que leva e traz lucidez
Amo-te, lírica ou densa
Velhas cantigas de roda
Teus lundus fora de moda
És concretude e presença
Índio dançando Ravel
Callas cantando Gardel
Tímpanos do coração
Música,
és musa de mim
Nunca ouses ter um fim
Sou teu monge em cantochão