Já são seis anos, dois
mil cento e noventa dias de Jorge Ricardo Dias blablablando nesse blog prosesco
e de poesia. Parece que foi anteontem ou então me confrontem se nesse meio
tempo o tempo não voou sem asas, mas destelhando casas e pensando fora delas.
Sempre considerei isto aqui uma conversa e vice versa o vício de ofício que
versa flor e precipício. Nessa jornada não faltou nada, de choro a gargalhada,
de realismo nu e cru a delírios experimentais e coisas que tais. Centenas de
zarpagens do cais sem planos de ancoragem com o medo perdendo pra coragem de se
perder na viagem. O presente livre da embalagem. Pretextos pra textos
açucarados e de arame farpado, sussurros e gritos, anjos e malditos, eclipses e
auroras, a pressa das horas, o acrobata suspenso, o que sinto e penso com bom e
mau senso, os ventos do sentimento que não cabem nesse mundo imenso. Compartilhamento,
soma, toma lá da cá. Aí estou e aí está. Seis curtos anos de pensar sentir
escrever com prazer
Vide bula
Palavra é ritmo e dança
Brinquedo de desmontar
Palavra é de som e ar
Aguda ponta de lança
Contida, exaltada. chula
Chicote ou doce canção
Carícia ou demolição
Na dúvida vide bula
É mapa, é lei, estrutura
É luz numa mina escura
Ou pura contradição
Mentira mais verdadeira
Verdade mais traiçoeira
Não diz sim e sim diz não
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