Décadas
atrás, a NASA enviou uma sonda ao Espaço
com mensagens a possíveis civilizações extraterrestres. Em seu interior, imagens
representativas da Terra e da nossa Civilização. Não se esqueceram de incluir sons, como música,
gente falando em alguns dos nossos idiomas e sons da Natureza.
Sim,
porque nosso lar e seus ocupantes, como estão vivos, produzem toda sorte de ruídos.
Viver é praticamente produzir sons, naturais ou não.
Som que soma
A Natureza é
pródiga em sons quase todos bons, máquinas produzem barulho modernos entulhos,
seres humanos são ruidosos mais os bebês que os idosos, então se tem trovão
ranger de metal choro riso e tal temos vida em som e movimento momento a
momento. O silêncio tirando os templos do Tibete e do Nepal e a profundeza
abissal é vaca que não berra é motor que morre é pausa que emperra é luz que
falta e emudece a canção que vem do rádio é gol no estádio sem comemoração é
sexo com recato e sem tesão, silêncio é o som do nada é emboscada é o medo o
segredo a raiva que se cala e adoenta é o tormento não vazado em tormenta o
amor que não se tenta aos sete nem aos setenta, vida é som de papo sério ou
besteira o chuá da cachoeira a sirene da ambulância a
exuberância do aplauso no fim do concerto o que não tem conserto
silencia. Vida é barulhenta na aflição e na euforia
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