Embora se exalte a diversidade, de linguagens,
de culturas, de opiniões e tudo mais, o mundo é de padrões. E sendo assim,
estranha o que foge a esses padrões. Edward mãos de tesoura é um instigante e
poético filme de Tim Burton que ilustra bem isso. Quem por acaso nunca
assistiu, assista.
O conceito tirânico do belo se conflitua com nossas
subjetividades, inclusive quanto ao belo pra cada um de nós. O diferente, o
estranho ( que na verdade não é sinônimo de esquisito e sim de desconhecido),
não só causa resistências, mas chega na intolerância e na hostilidade,
Existem eufemismos que só confirmam a regra,
tais como exótico, excêntrico e quantos ex surjam pra rotular, ou seja, são os
pontos fora da curva estética e comportamental. E haja bullying!
Vejam, mesmo a palavra tolerância traz em sua
essência a condição não de conviver e acolher, mas de apenas tolerar, ou seja,
ser apenas tolerante com o que se discrimina por errado, por feio, por
desprezível!
Que um dia todos nós possamos ser livres pra
convivermos verdadeiramente sem exclusões, sem castas, donos da verdade, sem
guetos, apartheids, sem refugiados, sem terra, sem teto e desumanizados de toda
espécie.
O
que subjaz
logo
o que é prisão mais provoca a atração como quem toma um trem pelo arrojo do
vagão e não por seu trajeto e destino, conflito entre o primal instinto seleção
natural e o novo sapiens que abstrai e em plena era da Ciência a intercorrência
dos apelos aos sentidos feromônios nos neurônios sedução do cidadão o
irracional o passional o caos ficando banal. Enquamto isso é coroada a Miss do
Universo decantada em prosa e verso pela sua perfeição na medida no formato do
modelo do padrão, o nerd se perde de amor pela menina que o senso comum acha um
horror e o par atura a chacota o sarro a caricatura é dura a vida dos pontos fora
da curva. Na superfície do imediato só resta o ipso facto, o que cativa é o subjacente ao aparente a formosura (e sua
ditadura) aqui se faz aqui jaz
Em algum lugar do universo as curvas e paralelas se encontram, como termina teu texto. Aqui jaz
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