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sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Consciências

O artista pode até não pretender que sua arte alce altos voos, mas uma coisa é certa: todos podem dar seu quinhão na formação de consciências. Arte não se restringe apenas a exaltar o belo e narrar o leve e o feliz. O artista, por meio do seu trabalho provoca, evoca, desloca, instiga o questionar. E também denuncia, se indigna e exorta.

Num momento grave, de usurpação de direitos, conspurcações, opressão e injustiça, nós artistas não podemos silenciar, o que seria no mínimo conivência na omissão e passividade.

Cada um de nós pode e deve fazer de sua arte um pedaço de trincheira, de resistência às forças sombrias e obscurantistas que tentam prevalecer tanto em nosso solo quanto no planeta. Que a caneta e o teclado, o pincel, a câmera, o instrumento musical, assim como a viva voz de nós sejam veementes armas pacíficas  mas firmes e contundentes na busca de sensibilizar e mobilizar. Foi assim ao longo da História e precisa seguir sendo, mesmo censurada e reprimida                                     


Mandatos de insegurança

Os putrefatos consumados consumiram aos bocados nosso outrora reinado e a devastação de proporções bíblicas rasgou a Constituição e a encíclica papal. Vamos fugir pro Nepal ou bancar os paus mandados de mandatos ao som do hino nacional tocado em panelas sempre aquelas? Mazela pouca é bobagem parruda é a pilhagem institucional oficial sem precedentes enquanto isso os sempre sem dentes e seus descendentes nem olham pra frente porque não têm futuro só um fundo de poço com um muro grosso. O bando do desmando segue predando, mais de quinhentos anos tomando no ânus com usurpação escravidão abaixo a camarilha que venha a guerrilha dos homens de bem livrar-nos do mal amém
           




Um comentário:

  1. Bravo, poeta. A arte pode (e a meu ver, deve) ser esse lugar do debate, da expressão do pensamento diverso, da inquietação, da formação do olhar. Prosa poética pauleira que nos instiga a sair do marasmo.

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