regras e criar ou
perpetuar normas engessantes.
Mas
mesmo a indulgência tem limites.
O
erotismo na arte. Com frequência se constata a areia movediça em que essa
associação se converte. Perigos potenciais que rondam os criadores, à espera e
espreita de um instante de distração.
Erotismo
é tema oportuno, necessário, mas também é traiçoeiro e requer permanente foco
no que escape aos clichês, fuja do grosseiro, contorne o piegas (sim, não só
nos poemas de amor!) e passe ao largo do sacralizante.
Nunca
é demais lembrar que erotismo e sexo não são sinônimos.
Texto
erótico pode sim, descrever situações cotidianas, (fugindo assim do
permanentemente etéreo e ou sacralizante, mas não ser banalizante na forma e na
narrativa..
Erotismo
não precisa redundar necessariamente em ares sérios. O lúdico é bem-vindo.
Texto
erótico pode sim, ter momentos chulos, mas não a ponto de converter um texto
numa pichação em banheiro público.
Bom
gosto, refinamento, a fronteira do rude com o delicado, são temas discutíveis e
até certo ponto subjetivos. A meu ver a mistura disso tudo e não o isolamento
em elementos estanques é o que costuma desaguar no melhor que a arte erótica
pode nos oferecer.
imagem: Vee Speers
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