Mente.
A mente do poeta mente o que ele crê. A gente lê e dá fé mesmo quando é fundo e
não dá pé. Ele aborda o mundo e pinta e borda e não é cheque sem fundo, é
moleque e profundo e pro fundo nos leva e enleva. A verdade do poeta inquieto
esteta é de olhar lúcido pro real e como tal ele desmonta paradigmas e monta
tufões bufões e diz e rediz feliz ou infeliz de modos sem medos que só a
poesia, essa epifania logra expressar ao espessar o real ou refiná-lo até o
talo. Ao mentir suas verdades, seus alardes, ele lapida brutos diamantes,
inventa fortuitos amantes e ri de si menestrel trovador inferno e céu, ódio e
amor, que a vida tem mais de um viés, muitos ares e rufares de tambor de tenso
e manso amor e mesmo que a cabeça se esqueça ainda restam os pés pra caminhar e
mãos do gesto presto de acarinhar e escrever.
Para adquirir meu livro de poesia, acesse benfeitoria.com/arrebatamentos
Nenhum comentário:
Postar um comentário