Hoje começa o inverno. Dia de deixar a poesia falar por si. Só.
Urge
Rápido, antes que o dia envelheça
Já, que a manhã pode ser que caduque
Vamos, que a tarde é repleta de truques
Vem, não esperes que a noite amanheça
Corre, que o tempo negou-se a parar
Crava teus dentes na única chance
Bate o martelo ao teu último lance
Solta esse grito parado no ar
Ri, mas que não seja um riso de hiena
Deixa a tua marca e nos diz ao que veio
Mata o leão ou te entrega na arena
Cava, que o ouro não mostra seus veios
Tão visceral quanto mais valha a pena
Vida que urge perder os seus freios
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