Noel Rosa e Chico Buarque, não por acaso, dois entre talvez três ou quatro dos maiores compositores brasileiros, são sambistas. E brancos. O grande Adoniran Barbosa também.
O samba, é claro, em sua essência é negro. Cartola, Nelson Cavaquinho, Pixinguinha, Monsueto, Ismael Silva que o digam. Mas os sambas de Noel e Chico não deixam nada a dever ao dos mestres negros.
Eminem, aquele rapper branco caucasiano americano é o “gringo no samba” lá deles, os rappers negros, que têm a coisa nas veias, impressa no DNA. Mas o branco faz o rap dele bem direitinho e não é discriminado.
E eu sou uma espécie de candidato a “Eminices” por enquanto eventuais. Escrevi um conto em prosa poética, chamado “O passageiro – uma rap-sódia carioca”, que traz em sua narrativa uma sonoridade e ritmo evocando os raps e este poema, o Rap de Arac.
Rappers, ao seu modo, são os novos repentistas. Minha admiração por eles!
Então tem branco no rap ao sul do Equador. Sejam indulgentes, por favor. Que seja indolor. E que rufe o tambor.
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