O tempo, outro tema recorrente.
Sou um leigo que acha que, “na verdade”, o tempo não passa de uma sensação, que precisamos nomear e descrever e então recorremos a artifícios que remetem a movimento, daí os ponteiros ou dígitos dos relógios, a lenta dança dos planetas, a areia caindo na ampulheta, enfim, como não podemos ver o tempo, abstrato que é, o representamos por coisas que se movimentam. E coisas costumam ser visíveis.
Tanto que além do tempo cronológico, o do senso comum, temos também o tempo paradigmático, subjetivo. A velocidade desse tempo interno, a percepção dele, varia conforme circunstâncias, estados de espírito, ansiedade, apetite (ou falta de) pela vida. E o espanto frequentemente nos visita, quando vivenciamos o contraste, o paradoxo do tempo assinalado pelo relógio versus o tempo por nós percebido.
É um tema que me mobiliza. Pra não ser excessivo (não fosse a poesia a linguagem da supressão e da concisão por excelência), vou compartilhar um poema sobre o tempo a cada postagem. Afinal, teremos tempo pra isso.
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