Cada dia, nesse mundo e na vida de cada um, é uma sucessão de pequenos milagres. Por isso devemos celebrar, do jeito que der:
Soltemos fogos de artifício
Façamos um discurso
Dancemos freneticamente
Sorríamos para um desconhecido
Cantemos a plenos pulmões, inventando uma letra, despreocupados com a afinação
Escrevamos um rasgado poema de amor
Meditemos, em silêncio
Doemos sangue
Sejamos ricamente simples
Encantemo-nos
Sejamos gratos
Celebre
Celebre
cada ínfimo gosto
célebre ou não
Celebre feito um cão
que abana o rabo
pois não ri no rosto
Seja a célere lebre
ou a plácida lesma
Celebre, celebre
Dê vivas a si mesma!
Seja um delgado cisne
ou um cinzento bagre
Celebre esse milagre
de um mesmo outro dia
Xingue, amaldiçoe
Leve as naus a pique
Arranhe, entorte, quebre
mas depois celebre
só pelo querer
Tenha a febre
Não se medique
Diga que assim vai morrer
Dê chilique
Mas celebre o prazer
da fúria que é viver
Este romper de um dique
Você deixou o endereço e eu vim com a intenção de tomar um cafezinho, mas chegando aqui, vi que se tratava de um banquete de poesias espetaculares. Parabéns pelo bonito blog. Meu abraço. Gilson.
ResponderExcluirGilson, muito obrigado. São reconhecimentos assim, de gente tarimbada e imparcial como você, que nos movem e nos motivam a prosseguir, nessa nossa ainda meio quixotesca cruzada pela divulgação e popularização da boa poesia e da arte em geral.
ResponderExcluirEntre no seu endereço e vim conferir suas obras de arte poéticas. Parabéns!!
ResponderExcluirMuito obrigado, Maria! E apareça sempre!
Excluirsim um carinho em nossa sensibilidade... obrigada por essa luz... bjs...
ResponderExcluirEssa luz retorna pra mim com essas manifestações, Marina! Gracias!
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