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segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Limiares


Abismos povoam nosso imaginário. E vez por outra, ao menos simbolicamente, se interpõem no nosso caminho. Dizer que são necessários seria meio cabotino. Mas uma vez que se apresentem, além de evitar a fatídica queda é boa oportunidade pra exercitar nossa capacidade de lidar com o adverso, o desprazeroso, o inoportuno.

Encrencas, revezes, afrontas, acabam também servindo pra polirmos nossa adaptabilidade e a consciência de aprendermos com nossos erros, de tirarmos proveito das más experiências. Como temos o dom do discernimento, não deixemos que apenas nosso lado animal corra o risco de sucumbir às circunstâncias meramente darwinianas da vida, onde only the strong survives. O discernimento nos faz capazes de observar, refletir e aprender com a Natureza, com seus bambus maleáveis que vergam sob a ventania e justo por isso não quebram.

Cadafalso fim
leva a um recomeço
mesmo que o tropeço
me devolva a mim

Cada labirinto
mesmo que atordoe
faz com que esboroe
meu melhor instinto

Cada precipício
ceifador de vidas
faz minha subida
luz do reinício

Cada rota incerta
faz de um meu naufrágio
minha forte-frágil
alma mais desperta

                                         

2 comentários:

  1. Sabe amigo, aos poucos e com o passar dos anos tenho aprendido a lidar com as diversidades. E aprendi a não me deixar dominar pelo medo. Tenho medo sim! mas ele não me paralisa mais. Pelo contrário, tornou-se um aliado e me impulsiona pra frente. Sempre.
    Bjs

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  2. Sim, o medo é parte integrante do nosso psiquismo. Se fôssemos totalmente destemidos, provavelmente não chegaríamos nem na idade adulta. Vc o disse bem: medo só não pode paralisar, fazer sempre desistir. Cabe medo e coragem num espaço só.

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