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sexta-feira, 27 de abril de 2018

Paz no cais




Neste planeta bonito habita um povo esquisito de heróis, anti-heróis, escassa elite e numerosa plebe rude sem horizonte nem saúde desde tresontonte. O planeta água tem suas fúrias mas sem mágoas nem incúrias. Já o planeta homo sapiens, que é um mundo paralelo dando uma de Elo Perdido, explora sem dó nem si sustenido a terra e a água e a si próprio,  mundo e lei do cão, religião como ópio e opressão. E de explosão em explosão a alma sofre erosão. Em busca de redenção, o que nos traz esperança sem chegar a encher a pança é que temos artistas, cientistas, ativistas, psicanalistas, jornalistas, humanistas, médicos sem fronteiras, rezadeiras, enfermeiras, preservadores da Natureza e da beleza na ativa tentativa de unificar harmonizar Natura e Cultura. Banir a arrogância, a intolerância, os preconceitos, as desigualdades com a suavidade de um Ghandi, aquele pequeno grande homem grande alma Mahatma da Índia. Rendamo-nos, não às armas, mas à empatia e à compaixão. Fundamos e fundemos racionalidade com emoção. Tudo tem um fim, é assim, mas transformemos nossos meios em esteios e remos pra nossa nau singrar em paz até chegar ao cais.

                                             


Um comentário:

  1. Uma danca de palavras que provocam, encantam e minimizam a dor de ver tanto ser humano se perder. Prosa poética que ressoa como boa música!

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