Neste planeta bonito habita um povo esquisito de heróis, anti-heróis, escassa elite e
numerosa plebe rude sem horizonte nem saúde desde
tresontonte. O planeta água tem suas fúrias mas sem mágoas nem incúrias. Já o planeta homo
sapiens, que é um mundo paralelo dando uma de Elo Perdido, explora sem dó nem si sustenido a terra e a água e a si próprio, mundo e lei do cão, religião como ópio e opressão. E de explosão em explosão a alma sofre erosão. Em busca de redenção, o que nos traz
esperança sem chegar a encher a pança é que temos artistas, cientistas,
ativistas, psicanalistas, jornalistas, humanistas, médicos sem fronteiras,
rezadeiras, enfermeiras, preservadores da Natureza e da beleza na ativa
tentativa de unificar harmonizar Natura e Cultura. Banir a arrogância, a intolerância, os
preconceitos, as desigualdades com a suavidade de um Ghandi, aquele pequeno
grande homem grande alma Mahatma da Índia. Rendamo-nos, não às armas, mas à empatia e à compaixão. Fundamos e fundemos racionalidade com emoção. Tudo tem um fim, é assim, mas
transformemos nossos meios em esteios e remos pra nossa nau singrar em paz até
chegar ao cais.
Uma danca de palavras que provocam, encantam e minimizam a dor de ver tanto ser humano se perder. Prosa poética que ressoa como boa música!
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