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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Fusões e condensações

Em termos do senso comum, o erotismo diz respeito ao físico, aos sentidos. Isso é clássico, milenar e ainda perdura. 


Cartesianamente, este mesmo senso comum ”separa a cabeça do corpo”, ou seja, separa os sentidos, as sensações, dos sentimentos.

Então, paira a tosca indagação: “_Se tem amor num poema erótico, o poema é erótico ou de amor?” A vida, que a poesia reflete de forma singular, não é assim tão esquemática. Tudo e todos parecem requerer rótulos.

Foi pensando nessa meio furada controvérsia, que resolvi escrever um texto que brincasse com isso, tentando me apropriar das construções típicas da poesia erótica, suas imagens e jogá-las em outro âmbito , o dos sentimentos. A possibilidade do erótico no impalpável, sugerir o concreto, mas tendo como alvo o abstrato. O conteúdo subvertendo a forma.

Foi divertido jogar com isso e penso que o poema passa o lúdico, mas também algo do sublime que resulta dessa fusão sentidos-sentimentos.


Um comentário:

  1. Sensacional ! O erotismo colocado de uma forma leve, mas sem perder o conteúdo, objeto do tema. Não ficou grotesco, indecente, mas o suficiente, pra interferir, nem mudar mudar o foco. Uma maneira inteligente, leve, sutil de erotizar o poema. Parabéns, amigo. Gostei

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