Faz algum tempo, postei minha trilogia de sonetos feitos com
palavras monossílabas, que inicialmente não passava da pretensão de ser apenas
um. Alguns leitores comentaram que, por eles, eu não pararia na trilogia, mas
nunca cogitei de ir além. Mas sabe como é, a gente já sente a coceira da
inquietação, um vício. E se aí ainda somos instigados, as Musas da Poesia que
nos rondam se alvoroçam.
Consequência: a trilogia virou tetralogia. Mas eu não queria
mais do mesmo, não teria muita graça e quis dessa vez não um soneto monossilábico
“normal” como o soneto e os dois sonetilhos que compunham a trilogia, mas um
com só duas sílabas métricas.
Como em certos casos menos é mais, isso se aplica também aos
fazeres e suas artesanias e versos de apenas duas sílabas métricas, nem por
isso são mais fáceis. Então nasceu um soneto “monodissílabo”. Esse pronto e o
rato rói a mente... : quem faz um com duas sílabas, faz um com uma. Um soneto, portanto, com os 14 versos que um
soneto tem que ter, mas com apenas 14 palavras. E todas monossílabas. Quem sabe não é o menor soneto
do mundo? Quem
faz uma tetralogia, faz uma pentalogia...
E eis então aqui os novos protagonistas não “oscarizáveis”,
dois sonetrips, com visual de sonetripas.
Você brinca de forma séria com as palavras como ninguém. Dá gosto aparecer por aqui e se perder em seu texto. A gente sempre se acha neles! Parabéns!
ResponderExcluirAdoro quando a poesia é mais tentadora que os planos do poetas. Assim, ganhamos nós, os leitores!!
ResponderExcluirContinua, continua!!!!
Beijos, Jorge...
Roseli, o que vc disse me fez até voltar e reler meus proprios sonetos do post. É, acho que vc tem razão, gosto de brincar seriamente, mais ainda quando escrevo.
ResponderExcluirMuito grato!
Ah, Karinne, não me provoque! Cinco já não tá de bom tamanho? Tudo bem que o quarto e o quinto saíram pequenininhos, mas haja monossílabos nesse nosso idioma tão escasso neles!
ResponderExcluirBeijos!