Importante

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sexta-feira, 18 de maio de 2012

Interno e externo


Mais um poema que conta uma história. Dessa vez em parceria com a pintura expressiva de Guilherme Constantino.


Enquanto sonha


O corpo de aluguel não vem sozinho
A alma que o habita é de graça
A bruta criatura que o abraça
não sofre a economia de carinho

O verbo amar é o quarto conjugado
O gozo simulado é pra esconder
o verdadeiro gozo que é ter
no escuro enfim seu príncipe encantado

Enquanto sonha afia o canivete
Não ser mera tragédia das manchetes
é o sonho mais palpável do momento

E a tara que mais pede a clientela
é a noiva virgem das telenovelas
que um dia ela usará no casamento