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quarta-feira, 14 de março de 2012

Dia da poesia

Volta e meia uma velha questão ressurge: a poesia é necessária?

Pergunte isso a suspeitos para julgar: os poetas e os amantes da Poesia e eles dirão que sim. Dentre os demais é possível que muitos digam que não. No fundo um poeta sonha em tocar também os não amantes conscientes da Poesia. Mário Quintana não é só para os aficcionados, assim como Chico Buarque, que eu considero poeta, embora ele próprio não se considere, pois afirma que é só um letrista de canções.
Ambos são quase unanimidade, mesmo entre a maioria que não lê e nem consome poesia.

Mas afinal, a poesia é ou não necessária? Tentando ser imparcial e já não conseguindo ser, diria que a poesia é necessária na medida do que significa necessidade para cada um. E basta uma rápida passada de olhos por qualquer Facebook para que se constate, pelas inúmeras postagens e comentários, a importância que muitos dão atualmente a essas palavrinhas escritas e arrumadas de maneira peculiar e que chamamos de poesia.

E dito isto, resta desejar feliz Dia da Poesia a todos. E que ela siga encantando, fazendo pensar, tocando e amenizando os nossos dias.



Palavras, caras palavras        
Que bom que são indulgentes
com esse tosco insolente
que ousa manuseá-las
Não preciso assediá-las
que elas vêm flertar comigo
Sempre nelas tenho abrigo

Se faço especulações
de potenciais refrões
visitam-me aos borbotões
que por vezes me atordoam
pelo tanto que se doam

Monossílabas ou poli
Em classes de extensa prole
Circunflexo, acento agudo
Comigo fazem de tudo
Proparoxítonas mil
Algumas com ou sem til
Quem sentiu sei que entende
que as palavras são duendes
na sua nobre missão
de levar ao coração
ideias e sentimentos
riso, sonho, força, alento
revolta e encantamento

Palavras, caras palavras
No nosso breu são faróis
e eu um porta-voz
do que de nós extrapola
Palavras, sublimes molas
dando impulso aos nossos saltos
porque sonhamos com o alto
quando as palavras então
às estrelas voltarão


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