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sábado, 9 de maio de 2015

Vida, vol. II


Não é só amar alguém, ou amar uma causa, uma ideia, um lugar. É também amar ínfimas coisas, mesmo banais, mesmo repetitivas. Poderíamos recuperar da memória uma série de pequenos prazeres, alguns até nunca compartilhados, manias, idiossincrasias, recompensas e fazer uma lista deles, que certamente não seria curta.           
        
Prazeres de variadas naturezas, dos sentidos e da alma. Acredito que nascemos pra isso. E como tal, somos aparelhados pelos instintos para obtê-los. Penso que a pulsão de vida predomina largamente sobre a pulsão de morte.

Tudo isso nos move. A sonhar, elaborar, falar e, às vezes, agir. Somos apegados à vida e a nossos amores e paixões, grandiosos ou minúsculos. Abusamos da fragilidade da vida, porque não nos contentamos, somos pouco aptos às grandezas da renúncia, da frugalidade e do despojamento. A não intensidade traz à vida matizes pastéis e essa palidez se reflete em nosso semblante. Se a corda é bamba, é também arco-íris que nos leva ao pote de ouro, mesmo quando ele é só miragem.

Carpe diem



                                                                                                ilustrações de Ana Eliza Frazão                                        

                                                                                        

2 comentários:

  1. Parabéns pela forma linda que falas dos sentimentos. O amor em suas possíveis abordagens, amar sempre, não importa quem ou o que. um abraço.

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  2. Adorei ler seu texto Jorge Ricardo Dias! Descreve tão bem sentimentos. Que leitura boa!

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