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sábado, 10 de fevereiro de 2018

Fervor



Um pequeno tributo ao frevo, uma das mais felizes e graciosas combinações de dança e música que conheço.

Fervor

O frevo ferve em Olinda
Não tem coisa mais linda
pra se inventar
O frevo é contagioso
Um gozo de pernas
Sombrinha no ar
Doença mais sã
que eu quero pegar
Delírio e afã

O dançarino que freva
se agacha e se eleva
Cossaco no fervo
O ritmo no nervo
Cometa, avatar
Sincrônica farra
ao som da fanfarra
Demônios no céu
O frevo ferve na veia
que o sol incendeia
em pleno escarcéu
O corpo ziguezagueia
Três voltas e meia
Sem corda o rapel!

O frevo é contagiante
Feliz e ofegante
As pernas em trança
na dança mais linda
Sou rei, sou criança
frevando em Olinda


Um comentário:

  1. O movimento dos versos tem calor, vigor e ritmo. Seu poema me trouxe um trecho de um Frevo que, como autêntica pernambucana, amo: "...Quero sentir a embriaguez do Frevo, que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé."

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