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sexta-feira, 9 de junho de 2017

Todo músculo que sente

                     

                            Tocatta sem fuga


Infarto é o coração farto da pressão, que fibrila de entrar no fim da longa fila, de bater em vão e apanhar outro tantão. A taquicardia que ardia agora adia o dia quando é noite e a noite quando é dia. Noite e dia esse tambor soando alto por teimosia, afã do amor de sobressalto, assalto à mão amada, estouro da manada, na montanha russa sem ser no parque, as fuças no vento, a fúria dos elementos, adrenalina, sina de quem ama e se derrama, humano lança-chamas da autocombustão, paixão é amor só que amor extremado acelerado sexuado ou não. E o coração, como fica? Como um Guernica de Picasso, amor em pedaços, ou O beijo de Klimt, amor constituinte e com requintes. Coração, músculo, corpúsculo que ama medroso, corajoso em Alfa, Beta e Gama, do deserto do Atacama às avenidas de Tóquio, toque-o fundo e o mundo saberá que ele te chama.




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