"O tempo só anda de ida.
A gente nasce cresce amadurece envelhece e morre.
Pra não morrer tem que amarrar o tempo no poste.
Eis a ciência da poesia:
Amarrar o tempo no poste."
Manoel de Barros
"Andam pelas ruas escrevendo e vendo e vendo
O que eles veem nos vão dizendo, dizendo
E sendo eles poetas de verdade
Enquanto espiam e piram e piram
Não se cansam de falar
Do que eles juram que não viram"
Leo Masliah
Mente. A mente do poeta mente o que ele crê. A gente lê e dá
fé mesmo quando é fundo e não dá pé. Ele aborda o mundo e pinta e borda e não é
cheque sem fundo, é moleque e profundo e pro fundo nos leva e enleva. A verdade
do poeta inquieto esteta é do olhar lúcido pro suprarreal e como tal ele
desmonta paradigmas e monta tufões bufões e diz e rediz feliz ou infeliz de
modos sem medos que só a poesia, essa epifania, logra expressar ao espessar o
real ou refiná-lo até o talo. Ao mentir suas verdades, seus alardes, ele lapida
brutos diamantes, inventa fortuitos amantes e ri de si menestrel trovador, inferno e céu, ódio e amor, que a vida tem mais de um viés, muitos ares e
rufares de tambor de tenso e manso amor e mesmo que a cabeça se esqueça ainda
restam os pés pra caminhar e mãos do gesto presto de acarinhar e escrever.
Um espaço eclético, recheado de inspiração....parabéns! Abraços poéticos
ResponderExcluirGosto muito do seu trabalho, Jorge.
ResponderExcluirSeguindo-o com carinho.
Grande abraço!
Karla Mello