A poesia, sua linguagem, pode ser metafórica, delirante,
lúdica, pode até ter teor de relato.
Ela pode ser singela, rebuscada, ser consonante ou assonante.
Pode ter prevalência do significado sobre o significante ou
do significante sobre o significado.
Pode pretender perturbar ou enlevar.
Pode ou não, mas deveria ser sempre musical nas suas sonoridades
e no seu ritmo.
Poesia rima com epifania e às vezes é produto delas,
epifania e rimas.
É também mergulho. De quem a escreve e de quem a lê.
Poesia não é bula e também não tem contraindicações. Mas tem
efeitos colaterais que produzem mutações líricas e oníricas.
Poesia, embora seja feita com letras, não é para ser
entendida ao pé da letra. Isso provoca chulé literário (mas não literal).
Um primor poético.
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