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quinta-feira, 13 de março de 2014

Solunar


Despertei solar adormeci lunar. Antes incisivo depois receptivo. Lança de Marte cálice de Vênus. Vermelho quase enfarte e então azuis amenos. No lusco-fusco do twilight me busco. Amanhece e eu em ti brusco. Meuteu yang no teumeu yin. Colhi os frutos dourados do sol e com sustenido e bemol fiz do sumo uma canção pra luz que não lhe faz jus e então o sol foi dormir na sua cama de faquir com pregos de cometas. Restou-me o negrume do céu e o perfume do mar onde eu fui esperar a mensagem na garrafa sem tarrafa pra jogar e ela veio em forma de luar de ouro e prata e um mouro um pirata eu fui de andar naquela prancha de luz líquida e mergulhar bem na lua crua a me dizer sou tua, vem...
Adormeci lunar amanheci solar.





5 comentários:

  1. lindos a prosa poética e o poema, mas gosto mais da prosa antes de ler o poema, depois mais do poema hahaha..irretocáveis, amigo


    beijok

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    1. Malmal, eu tenho tido prazer em prosear, coisa que eu não praticava muito. Mas o poeta se intromete às vezes até nisso e quando em vez puxa essas prosas poéticas.

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  2. Tudo lindo, mas o Solunar foi meu preferido. Vermelho quase enfarte, cama de faquir com pregos de cometas... Sem contar a forma e o ritmo. Lindo demais.

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  3. Germana, a prosa poética é uma forma relativamente recente na minha escrita. Tenho gostado de fazer, ainda que não com frequência. Com um incentivo assim, é capaz de eu intensificar esses "passeios" por esses caminhos.

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  4. Falar o que mais? Tudo já foi dito e assino embaixo reforçando o coro.Parabéns!

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