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sábado, 16 de fevereiro de 2019

Sem arremedos



O medo, esse famigerado. Pior que segredo congelado. Pior que bruma, que não te deixa ver porranenhuma. Medo é amedrontador, dor que não dói mas rói o ser, entorta o talher, faz o travesso virar do avesso, vira bicho de sete cabeças de quartas a terças Medo é abrupto ou em câmera lenta  é corrupto e se deixa subornar ao luar. Medo de perder o controle, o da TV e o de si e da vida. Medo é vidro em cacos com pés descalços, medo é percalço a um metro da meta. É sombra, escombro silencioso, é sonhar com o Bozo e acordar em prantos medo do por enquanto virar passado, porão mal assombrado. Medo é um coração dilacerado pelo desencontro, de nunca estar pronto pra começar recomeçar findar receber dar. Medo é órbita solar que gira gira e não sai do lugar.


                                                                                  

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