Nessa vida imediata e midiática pouco se medita.
Todos querem ser ouvidos, mas nem todos estão dispostos a escutar.
No bar ruidoso nos socializamos.
Bach, (aquele idoso?) nos faz(ia) ouvi-lo em silêncio.
Raros são os silêncios de ouro. Muito mais os de chumbo, cor e peso do descaso, da impenetrável couraça do si mesmo.
Dois aos gritos superpostos como linhas telefônicas cruzadas.
Dois silêncios não compartilhados.
Cada monólogo é espada sem fio que esgrima o monólogo alheio.
Como pano de fundo a TV exibe um videoclipe com imagens fragmentadas que ninguém vê.
Respiração curta. Ejaculação precoce. Mergulho no raso. Msgs. abrev. . Não se tem mais tempo para ser.