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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O neo visita um lugar mais perto do céu


Tenho uma relação afetiva com um bairro singular do Rio de janeiro chamado Santa Teresa. Pra quem não sabe, é o bairro alto encravado entre o Centro e a Zona Sul, o único da cidade que ainda tem bonde, que passa por sobre os famosos Arcos da Lapa.

É um bairro bucólico onde moram inúmeros artistas. Muitas ladeiras, casario antigo, alguns mirantes pra linda vista da Baía da Guanabara. Raiz da minha família materna, frequento-o desde criança. Seu clima poético me fez querer poetá-lo. Mas não queria apenas fazer mais um poema pra “Santa”, como é chamado. Suponho que ele já tenha sido muso de muitos textos.

Então decidi recorrer aos neologismos, às aglutinações de palavras, pra tentar sintonizar meu poema com a singularidade do lugar. E assim descrevi os sons e a musicalidade da chuva descendo mansamente pelas ladeiras do bairro e o romantismo que isso inspira.


Bairromance


Uma chuviscosa desce
e escorregateia
lentátil
pelas ladeiras
de um bairromântico
que a recebem-vinda  
O ruidoce estival
invade sensíveis ouvidros  
como sonoros melodiamantes
Fundo musicaloroso
pro artistalentoso
que ouvê
pela janelabiríntica
a chuvida
hidratântrica
que lavalma



                        

Um comentário:

  1. Lindo demais. Prazer enorme conhecer você adorável poeta. Sim chuviscos que invadem a alma e desenham um lindo ser. Ser que respira poesia. Ser a ter dedos afiados na prosa. Sem rima ou com rimas faz das palavras um encanto. Abraços.

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